terça-feira, 27 de outubro de 2015

MULHER BRASILEIRA, UM PATRIMÔNIO SOCIOCULTURAL

         Falar, discutir e lamentar sobre violência no Brasil se torna, infelizmente, cada vez mais pertinente e corriqueiro. Isso, porque as estatísticas, os telejornais e principalmente o dia-a-dia não o faz passar despercebida. 
         Inserida no meio desta alarmante guerra civil, a mulher brasileira se torna cada vez mais refém da falta de equidade e de uma violência descabida. Apesar de sabermos que as políticas públicas do nosso país são de fato bem elaboradas. Porém, são más distribuidas e sem efetivação em sua plenitude. 
     Durante muito tempo se discute sobre violência contra a mulher e ainda suas possíveis causas estruturais. No entanto, não é foco no momento entender fatores motivadores, mas sobretudo, um estudo sobre mecanismos que de fato conscientizem e inibam os detentores desta violência e que seja dados direitos de condições às mulheres. 
Esta violência contra a mulher e consequentemente a sua submissão não é um fator recente, e sim histórico-cultural. Uma cultura desvirtuosa, mas sim existente. E nem um povo muda sua cultura da noite pro dia. Contudo, para que se comece uma mudança dessvisão machista que perdura desde tempos remotos é preciso que inicie-se da base. Ou seja, que o poder público, a escola e a família deem as  mesmas condições para a criança/mulher. Pois é notório que desde a infância os meninos crescem com uma ideia de superioridade do gênero. E é nessa ideia errônea que precisa-se unir forças. Segundo Jean Piaget, a criança é um ser sociocultural, que aprende nas inter-relações. Sendo assim, pode-se moldá-la, e tentar mudar essa visão de superioridade. 
          A mulher brasileira pode ser considerada parte do patrimônio cultural e histórico. No sentido que, sempre foi símbolo de bravura e de uma busca constante de direitos que fazem parte da nossa cultura. Partindo desta visão metafórica, pode-se concluir que, uma sociedade que bate no seu maior patrimônio, sofre e sofrerá por muito tempo as consequencias, ao mesmo tempo que deixará marcas indeléveis na sua história e principalmente na família. Pois mesmo com todo o fato histórico envolvido, a mulher sempre foi e sempre será o suporte e a base que estrutura seu lar. 

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

UM PRESENTE ESPECIAL

   Artur vivia pedindo um cachorro ao seu pai. Mas sempre seu pai resistia:
   - Filho, cuidar de cachorro não é tão simples. É preciso espaço e muitos cuidados.
   Mas Artur insistia: 
   - Mas eu cuido dele direitinho!
   Seu pai tinha vontade de presenteá-lo com o animalzinho, mas sabia que era preciso se preparar.
   Certo dia quando Artur menos esperava, olha a surpresa!
   - Filho, olha o que eu trouxe pra você! - disse o pai do menino com uma cara de muito mistério.
   - Artur, já sem muita esperança, respondeu:
   - Só queria mesmo se fosse um cachorrinho.
   Antes dele terminar de falar, ouviu:
   - Au au au!
   Era um lindo cachorro que seu pai segurava  em uma corrente.
   A alegria e euforia foi tanta que o menino não sabia o que dizer. Simplesmente correu, abraçou bem forte o seu pai, beijou e saiu pulando de alegria com seu mais novo amiguinho.


Dárcio Santana

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

PRODUÇÃO CONTINUADA: UM SONHO DIFERENTE

  Felipe sempre foi um garoto muito sonhador. Vivia imaginando que estava no espaço; voando; convivendo com extra-terrestres (E.Ts) e muitas outras coisas.
      A sua mãe vivia dizendo:
      - Esse meu filho é mesmo um sonhador!
      O que sua mãe não imaginava era que os sonhos do menino um dia viraria realidade.
     Certo dia, quando amanheceu... sua mãe lhe mostrou uma carta que o convidava para um concurso de desenho e o prêmio seria um par de asas.
      E claro! Felipe se dedicou bastante.
      Resultado! Felipe ganhou o concurso!
     Com as asas, Felipe voou bem alto até o espaço. Chegando bem alto ele não conseguiu mais descer. Ficou desesperado, mas não teve jeito. Teve que ficar lá.
     Depois de alguns dias ele conheceu vários alienígenas com os quais fez grandes amizades. Assim, eles mostraram à Felipe como voltar pra casa.
      Ele ficou muito feliz em reencontrar sua família e contou a aventura pra todo mundo.

Autor: Dárcio Santana e Darah Gennevieve

MEU QUERIDO ALGODÃO

    Patrícia não tira seu xodó dos braços.
  Seu xodó é o gatinho Algodão. Ele é tão branquinho que parece mesmo algodão.
  Sempre que Patrícia chega da escola, Algodão corre pra encontrar ela no portão e não sai dos seus pisos o dia todo.
    Sua mãe vive reclamando:
    - Tira essa gato do colo Patrícia!
   - Deixa ele aqui mamãe! O Algodão é melhor amigo! - mas ela acabava sempre obedecendo a mãe.
   Um dia Patrícia chegou da escola e Algodão não foi encontrá-la. Ela já ficou preocupada e entrou correndo para caçar seu gatinho. Caçou em todo lugar e nada.
  Quando já estava desesperada ouviu um miado que parecia bem longe.
   Adivinha onde Algodão estava! Dentro do armário!
  Enquanto Dona Maria abriu o armário o gatinho danado entrou e ela fechou a porta sem ver que o levado tinha entrado.
   Patrícia socorreu seu xodozinho e ele passou o dia todo ao seu lado com medo de ficar preso novamente. 
   Algodão nunca mais quis saber de entrar no armário!   

Dárcio Santana.

O POUCO PRA VOCÊ É MUITO PRA ALGUÉM

   Heloísa era uma menina que só pensava em si mesma. Nunca pensava e nem fazia nada em prol do outro. Achava que o mundo girava ao seu redor e tudo que fazia era criticar quem ajudava o próximo.
   Certo dia ela foi convidada por sua amiga Ana para conhecer uma casa de apoio às crianças de rua. Essas crianças viviam excluídas de  muitas coisas, principalmente de amor verdadeiro. 
  Heloísa só foi mesmo para acompanhar Ana. Mas quando chegou lá, que viu aquele monte de criança tão desprotegidas e sem o mínimo necessário ela ficou muito emocionada e começou a perceber que existem pessoas que precisam de algo que pra ela é muito pouco, mas pra quem vive excluído às margens da sociedade, é muito. 
  Essas crianças precisam de amor, carinho e de uma vida digna.
  A partir deste dia, Heloísa começou a pensar diferente e sempre ajudava Ana em suas ações sociais.

Dárcio Santana

UMA NOITE DIFERENTE

      Pedrinho e sua irmã Laura adoram dormir na casa da vovó Lurdes. 
      É sempre uma grande diversão na hora de ir pra cama. Eles riem o tempo todo sem saber de quê. Dona Lurdes do seu quarto avisa:
      - Crianças, é hora de dormir!
     - Nós estamos sem sono vovó! - diz Laura sempre com bom humor.
    Logo que Dona Lurdes pegou no sono as crianças ouviram um barulho estranho. Era como se tivesse alguém pulando a janela e entrando na sala. Pluft! As crianças ficaram quietinhas e com medo. Ainda chamaram a avó, mas ela já havia dormido.
     Depois de algum tempo assustados e sem saber o que estava acontecendo eles resolveram ir até a sala. Saíram devagarzinho e na ponta dos pés. E de repente:
    - Miaaaau!! - miou bem alto o Fumaça. O gatinho da vovó Lurdes e saiu correndo pela janela que havia entrado.
    Pedrinho e Laura voltaram correndo para o quarto depois do grande susto que levaram. Se embrulharam mais que depressa e foram dormir.


Autor: Dárcio Santana

MEU QUERIDO PÉ DE MANGA

     
    Toda criança adora uma boa diversão. 
Mas é claro! Brincar sozinho não é uma boa ideia. Mas esse não é o problema dos netos da Dona Joana. A casa dela parece mais um parque de diversão. E o brinquedo preferido da criançada é o grande e sombroso pé de manga que fica no fundo do quintal.
 Felipe e Marcinha estão sempre comandando as brincadeiras embaixo da mangueira. Eles chamam os primos e todas as crianças da vizinhança. Para eles é sem dúvida o melhor lugar do mundo. Só percebem que é hora de parar quando ouvem o grito, que parece programado da Dona Joana:
   - Crianças, é hora do banho!
   - Já vamos vovó! Responde Marcinha.
Assim, vão todos pra casa na certeza que no dia seguinte tudo se repetirá.

Autor: Dárcio Santana.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

SER PROFESSOR HOJE...


Ser Professor hoje... não é diferente de ser professor ontem. Pois independente do tempo ou situação, todos nós temos o mesmo papel: o de fazer com que o aluno queira aprender. É isso mesmo! Ninguém aprende se não se sente motivado, se não lhe é ensinado aquilo que lhe é interessante. Ou seja, antes de ensinarmos, é preciso que façamos o nosso aluno querer aprender. 
E assim, vivemos a missão árdua de além de assumirmos a missão de ensinar, estarmos constantemente vulneráveis a julgamentos que hora sim hora não são feitos de forma injustas em certos casos. O que de maneira alguma tira a nossa autonomia de entender o nosso papel em sua essência.  
Ser professor hoje... é assumir o compromisso de ser protagonista das mudanças e das conquistas almejadas por uma sociedade injusta, desigual, omissa e acima de tudo que não entende que para que haja mudança é preciso começar a mudar a nossa maneira de pensar e de ver o mundo.  
Ser professor hoje... é ver o aluno como um sujeito cultural, que sonha e que mais que isso precisa pensar pra fazer do amanhã um dia melhor que o hoje. 
Ser professor hoje... é acima de tudo querer ser professor! Não dá pra acreditar, e nem daria mesmo, para confiar naquele que não vê o ato ensinar como processo fundamental do ensino-aprendizagem e do ensino-humanidade. Que não vê o ofício como parte de sua essência, de sua vontade e acima de tudo do seu "eu profundo"!  

terça-feira, 22 de setembro de 2015

A AVALIAÇÃO EM ANALOGIA

Avaliar vai muito além de classificar, punir, reter, repreender ou permitir progressão. A avaliação não tem como único proposito e objetivo, somente saber o que o aluno aprendeu e lhe permitir progressão ou não, mas sobretudo, saber o que o mesmo deixou de aprender, para que consequentemente o trabalho seja norteado na direção do que não foi aprendido, revendo as atitudes erradas e as metodologias que não funcionaram ou que precisam serem aprimoradas e ou modificadas para atender os déficits.
É preciso que se tenha consciência de que avaliar é a base para diagnosticar os avanços ou não dos alunos. De forma que se possa, a partir de então, encontrar soluções que os faça progredir. Segundo Luckesi, “A avaliação é constituída de instrumentos de diagnóstico, que levam a uma intervenção visando à melhoria da aprendizagem.
O ato de avaliar pode ser comparado com um checape que fazemos ao irmos ao médico. Onde fazemos vários exames e avaliações para sabermos como anda nossa saúde e dependendo dos resultados o médico nos diz os procedimentos a serem seguidos e os remédios que devemos tomar e ainda nos alerta o que é necessário fazermos para que tenhamos uma vida saudável. Assim, deve ser vista também a avaliação pedagógica-escolar.  Onde, fazemos um diagnóstico no final do mês ou semestre para sabermos como anda o desenvolvimento da aprendizagem e as progressões dos nossos alunos e dependendo dos resultados devemos “passar os remédios”, ou seja, buscar soluções e metodologias, mudando procedimentos para que desta forma seja garantido os direitos de aprendizagem das crianças e consequentemente tenham um aprendizado saudável, assim como uma boa saúde cognitiva.
Olhando por esta ótica, podemos perceber o verdadeiro papel e objetivo do avaliar. Que fica bem evidente que, o mais importante do que diagnosticar é saber o que fazer com os resultados obtidos. Já imaginou se o médico ao avaliar a nossa saúde, não soubesse o que fazer ou que remédio passar? Ou se, simplesmente nos desse um zero, porque comemos muita gordura e o nosso colesterol está alto, ou porque exageramos no sal e a pressão subiu? Certamente morreríamos em pouco tempo por não sabermos o que fazer e que cuidados ter com a nossa saúde. E o que menos queremos é que além de tantas guerras e desigualdades sociais as quais estamos inseridos, que alguém morra por falta de conhecimentos ou por simplesmente não lhes serem garantido o direito de aprender. Infelizmente, atitudes parecidas com estas, em muitos casos são ainda consideradas normais. Mas o que de fato devemos ter consciência é que assim como o médico, quando fazemos um diagnóstico e uma avaliação com nossos alunos, devemos sim, termos um “remédio” para sua cura, uma solução para o seu problema, mesmo que para isso seja preciso dar broncas e seguir o tratamento ao pé da letra. "A Avaliação escolar, hoje, só faz sentido se tiver como intuito buscar caminhos para a melhor aprendizagem", afirma Jussara Hoffmann.
Analogias como esta serve de reflexão. Mas em momento algum pode ser considerado o fato de muitos pacientes avaliados pelos médicos não terem mais jeito ou terem pouco tempo de vida. Isso nos alegre e nos faz, como educadores pensar: nenhum aluno é ou deve ser considerado sem jeito. Em suas singularidades, todos tem potenciais e características relevantes que precisam ser consideradas em qualquer diagnóstico ou avaliação. Pois toda criaa sabe um pouco de alguma coisa. Já dizia Paulo Freire: “Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes”.
LUCKESI, Cipriano. Revista Escola. Disponível em < http://revistaescola.abril.com.br/formacao/cipriano-carlos-luckesi-424733.shtml >


Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/a-avaliacao-em-analogia/135782/#ixzz3mTZoyLAJ

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

PRODUÇÃO COLETIVA EM SALA

UM EXEMPLO DE AMIZADE

Era uma vez um garoto chamado Paulinho. Ele era um garoto especial, pois andava em uma linda cadeira de rodas. 
Na sala que ele estudava todos adoravam Paulinho e sempre o ajudavam a ir ao banheiro, a tomar água, a subir as rampas e a fazer muitas outras coisas, principalmente na hora das brincadeiras. Paulinho se sentia igual a todos.
Um dia a escola promoveu um concurso para escolher a melhor produção de história. Todos os alunos da turma incentivaram Paulinho a contar sua história de vida e de superação. Ele contou então, detalhes de sua vida em uma linda história e foi o grande vencedor do concurso e todos festejaram sua vitória.

Autor: Turma da 2ª Fase "B" I ciclo Com auxílio do Professor Dárcio Santana

domingo, 30 de agosto de 2015

POESIA INFANTIL: NÃO POSSO MENTIR MAS POSSO INVENTAR

Não posso mentir mas posso inventar

Em casa meus pais me dizem 
Que não posso mentir
Na escola o professor afirma
Que devemos inventar
Agora não sei o que fazer
E em quem acreditar
Mas o professor afirma, que podemos sim
na hora de criar e deixar a imaginação fluir
E também garante
Que realmente não podemos mentir!

Autor: Dárcio Santana

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

TEXTO COM INTERPRETAÇÃO 2º ANO

A Festa da Pipoca

     Dudú e Aninha adoram pipoca. A mãe deles, Dona Luciana, vive dizendo que parece que eles nasceram primeiro que pipoca.
      Na verdade eles não nasceram primeiro que pipoca, mas se divertem muito inventando pipocas de todo sabor. Já fizeram pipoca de chocolate, de morango e de muitos outros sabores. Um dia Aninha teve uma ideia ainda mais interessante.
      -Não percam crianças, a grande Festa da Pipoca!! - Disse Aninha depois da grande ideia que teve.
       Dudú e Dona Luciana acharam a ideia ótima e já começaram a pôr a mão na massa, ou melhor, no milho. Organizaram uma grande festa com brincadeiras, balões, crianças e é claro, muita pipoca.
       A Festa da Pipoca foi um sucesso. Todos os amigos, primos e as crianças do bairro participaram e comeram pipocas deliciosas como nunca tinham visto.

Autor: Dárcio Santana


1 - Qual o título da história?
___________________________________________
2 - Quem é o autor?
___________________________________________ 
3 - Retire do texto os nomes próprios.
___________________________________________
4 - Qual foi a grande ideia de Aninha?
___________________________________________
___________________________________________
5 - Quais os sabores de pipoca inventados por Dudú e Aninha?
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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

PRODUÇÃO DE UMA ALUNA DE 8 ANOS

       Lucas e o Rex

        Era uma vez... um menino chamado Lucas. Ele estava passeando e viu um cachorro. Era um cachorro muito bonito, mas ele ficou com medo. E de repente o cachorro começou a falar:
       - Não tenha medo. Eu sou um cachorro legal. Não vou lhe machucar. Eu só quero ser seu amigo, pois não tenho nenhum!
       Lucas ficou muito assustado, mas acabou levando o cachorro para sua casa. No caminho ele perguntou:
       - Qual o seu nome?
       - Meu nome é Rex. - Disse o cachorro.
       Quando chegou em casa Lucas perguntou sua mãe:
       - Mãe, posso ficar com ele?
       - Claro meu filho. Ele é lindo!
       Os dois viraram grandes amigos e foram felizes para sempre.


Autora: Ludimila Freitas (Aluna da 2ª fase)


Obs: A história é unicamente da aluna. Apenas corrigi junto com ela os erros ortográficos e de pontuação.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Abertura do PACTO Nacional

Composição da Mesa com Destaque para: Pró- reitor do Campus da UFMT Rondonópolis Prof. Dr. Javert Melo Vieira, Secretária de Educação Ana Carla e Vice Prefeito Rogério Sales.

Palestrante da Noite

Ordália Alves Almeida

Coordenadora dos Cursos de Especialização e de Extensão em Educação Infantil, na Univ Federal de Mato Grosso do Sul

Professora do Curso de Pedagogia

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

 – até o momento (25 anos 9 meses)






sexta-feira, 7 de agosto de 2015

EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO

UM DIA DE APRENDIZADO


      Juca adora ir à feira aos domingos com sua mãe. Para ele é sempre uma diversão.
     Na feira Juca brinca no tobogã, compra brinquedos, faz um lanche bem gostoso e ainda ajuda sua mãe com as compras.
       Na volta para casa Dona Júlia, sua mãe, está sempre atenta ao trânsito e alerta Juca:
      - Meu filho, cuidado ao atravessar a rua. Olhe para os lados e se tiver faixa espere o sinal fechar para os carros e abrir para os pedestres. 
       - Certo, mamãe!
    Juca é um menino muito esperto e aprende tudo rapidinho. Assim, eles vão felizes para casa com as mãos cheias de compras.

Autor: Dárcio Santana

domingo, 2 de agosto de 2015

TARDE NO CAMPO - EMPREGO DO M ANTES DE P E B

TARDE NO CAMPO - EMPREGO DO M ANTES DE P E B

Tarde no Campo

       Dimba é uma garoto que não perde um fim de tarde no campo. O seu tempo de folga é dedicado sempre à bola.
     Certo dia, o seu jogo de bola virou a maior confusão. Quando ele chegou ao campo não viu seus amigos, mas sim, um enorme elefante e ainda com uma pomba em sua tromba. Com sua presença ele se assustou e saiu correndo e levou o maior tombo. Sua queda parecia mais uma bomba estourando. 
      No momento da queda Dimba também se assustou e na hora acordou. Era apenas uma sonho. Ele levantou atordoado mas depois ficou tranquilo. Pegou sua bola e foi para o campo. Quando chegou lá tudo estava como sempre.


Autor: Dárcio Santana

quarta-feira, 29 de julho de 2015

O Desafio de ensinar no Estágio Operacional Concreto (7 aos 11 anos)

Introdução
O ser humano, em todo seu processo evolutivo, demonstrou nitidamente a necessidade de progredir e evoluir em relação ao seu conhecimento, até mesmo, para ter uma vida mais digna e notoriamente para a evolução da espécie. Sabemos que o conhecimento empírico nos afirma através das experiências, que o conhecimento científico, além da experiência, quer saber como as coisas funcionam. Mas não estamos aqui para discutir ciência e senso comum, e sim para mostrar de forma colaborativa, que em qualquer tempo, existe algo tão importante quanto aprenderensinar. Qualquer aprendizado advém do ensinamento. E tão importante quanto ensinar e aprender, é a forma de como se ensina.
O Desafio
Os maiores desafios dos educadores, ou seja, dos transmissores de conhecimento da escola moderna, não é somente deter o saber, mas sobretudo encontrar as melhores práticas de transmiti-lo. E quando nos direcionamos as séries iniciais do ensino fundamental da educação brasileira é ainda mais necessário inovações e  metodologias diferenciadas. Pois, as crianças do mundo tecnológica e globalizado necessitam de técnicas que acompanhem o seu tempo, ao modo que vêem as coisas por outro ângulo.
Segundo Jean Piaget, no “Estágio Operatório Concreto, que varia em média dos 7 aos 11 de idade, a criança desenvolve noções de tempo, espaço e velocidade, ordem,casualidade,..., já sendo capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade. Não se limita a uma representação imediata, mas ainda depende do mundo concreto para chegar à abstração.” É neste estágio que está um dos maiores desafios dos professores da educação básica. Fase também, em que as crianças estão fazendo muitas descobertas e tentando fazer assimilações, onde tudo e qualquer coisa vira euforia e falatório; nada passa despercebido e tudo é questionado em busca de  respostas convincentes. É preciso, sem dúvida, muito jogo de cintura e insight contínuo por parte do professor, que não pode se contentar apenas com o feijão e arroz da sala de aula, mas sim, buscar novas e apetitosas formas de transmitir conhecimento. Portanto, é imprescindível que o mestre trabalhe, indiscutivelmente com aquilo (metodologia) que é interessante para a criança e que de fato esteja em coerência com o seu estágio de aprendizagem, apesar de termos consciência de que os estágios descritos por Piaget sejam apenas proposições. “O nível mental da criança é que determina como o professor deve apresentar as situações didáticas, pois, em cada estágio do desenvolvimento a criança tem uma maneira diferente de aprender” (PRÄSS, 2012, p. 13).
Aprender e Ensinar
É fato, que educar é função primordial da família, e que ensinar é a função da escola. Mas, o que nos cabe, no entanto, é ensinar aquilo que convém, e sobretudo, aquilo que gera conhecimento e consequentemente, que transforma. Pois, é através do conhecimento que ganhamos subsídio e alicerce, tanto para o nosso desenvolvimento intelectual como profissional.
Mas, o que seria etimologicamente, aprender? Segundo o dicionário online, “(Etm. do latim: apprendere); passar a ter conhecimento sobre; instruir-se”. Sendo assim, podemos concluir que aprender é saber, é passar a ter autoridade sobre o que foi ensinado. Aprender vai além de entender conteúdo, é saber fazer deste conteúdo, base para seu crescimento e progressão intelectual.
Ainda, o aprendizado advém da necessidade de aprender. Aprendemos a cuidar do nosso corpo pela premência de estar limpo; aprendemos a nos alimentar pela obrigação de saciarmos a fome, etc. É portanto, notório que o aprendizado precisa de um fator motivacional. E se tratando de crianças nesta faixa etária (7 aos 11 anos) é essencial que o educador se aproprie de técnicas motivadoras e mostre ao aprendiz que o aprendizado deve ser constante. Segundo PIAGET, o ato de aprender: É uma construção contínua, comparável à edificação de um grande prédio que, na medida em que se acrescenta algo, ficará mais sólido, ou à montagem de um mecanismo delicado, cujas fases gradativas de ajustamento conduziriam a uma flexibilidade e uma mobilidade das peças tanto maiores quanto mais estável se tornasse o equilíbrio.” (PIAGET, 1990 p. 12)
Sustentamos assim, a ideia de que o aprender tem sim um ponto de partida, mas em sua plenitude, não tem exatamente um ponto de chegada. É preciso que aticemos as crianças à busca de conhecimentos incessantes. É este o papel preponderante do professor que vê o aprendizado além da superfície da sala.
E de fato, o que seria ensinar? De acordo com o dicionário online, “(Etm. do latim: insignare); Transmitir conhecimento sobre alguma coisa a alguém”. Poderíamos acrescentar ainda queensinar é difundir experiência; é instigar o educando a fazer suas análises e descobertas através de impulsos que lhes foram dados. Paulo Freire, na carta aos professores, disse: ...ensinar e aprender se vão dando de tal maneira que quem ensina aprende, de um lado, porque reconhece um conhecimento antes aprendido e, de outro, porque, observado a maneira como a curiosidade do aluno aprendiz trabalha para apreender o ensinando-se, sem o que não o aprende, o ensinante se ajuda a descobrir incertezas, acertos, equívocos. (FREIRE, 1993, p. 27-38)
Quem ensina, aprende continuamente, ou seja, reaprende e reformula o conhecimento já obtido, até então. Podemos aprender até com a forma do outro aprender. E isso se faz naturalmente. Pobre daquele que em seu ingênuo egoísmo acredita que o saber transferido é armas para o inimigo. Milena Leão, diz: “Não tenho medo de compartilhar conhecimento. Essa é a única coisa que as pessoas não poderão roubar de mim, pois ninguém nunca sabe igual, mesmo que saiba a mesma coisa”.
Ensinar e aprender: práticas que devem trilhar os mesmos pomares em busca da fantasia e da emoção de novas descobertas. Toda e qualquer criança tem a fantasia e a imaginação necessária para flutuar na imensidão do conhecimento indispensável para a sua progressão e crescimento como pessoa. Porém, é essencial que haja profissionais com a capacidade de compreender esta necessidade e acima de tudo, que não permita que se interrompa esta viagem sem limites e sem fim ao mundo do conhecimento.
Conclusão
Em virtude, o que as crianças incluídas neste estágio precisa verdadeiramente é serem vistas como capazes de protagonizar o seu próprio aprendizado e o seu conhecimento. “Vygotsky partia da ideia que a criança tem necessidade de atuar de maneira eficaz e com independência e de ter a capacidade para desenvolver um estado mental de funcionamento superior quando interage com a cultura” (VYGOTSKY, 2007. apud PRÄSS, 2012, p. 19). Este envolvimento deve acontecer de forma natural e sadia, dando ao educando a oportunidade de fazer suas próprias análises e descobertas.  “O professor deve motivar os estudantes para que eles mesmos descubram relações entre os conceitos e construa proposições…” (PRÄSS, 2012, p. 23).
No estágio das Operações Concretas proposto por Piaget, a teoria nos remete a fazer analogias com intuito de encontrar as melhores práticas. Mas sobretudo, nos leva a uma reflexão sucessiva sobre o processo de ensino aprendizagem. Será que estamos ensinando ou apenas transmitindo conteúdo? Será que é esta a melhor estrutura ou estamos apenas cumprindo mal o nosso ofício? Questionamentos surgirão enquanto nos submetermos a árdua missão de ensinar, mas com certeza, estaremos em processo constante de busca de novas metodologias e de melhores formas para fazer muito mais do que até então, fazemos.
REFERÊNCIAS
Aprender. (2015, 22 de julho). Dicio Dicionário Online de Português. Disponível em: <http://www.dicio.com.br/aprender/>
Ensinar. (2015, 22 de julho). Dicio Dicionário Online de Português. Disponível em: <http://www.dicio.com.br/ensinar/>
FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não. Cartas a quem ousa ensinar. 10. ed. São Paulo: Olho D’Água, 1993.
LEÃO, Milena. Pensador. Disponível em: <http://pensador.uol.com.br/frase/ODE3NTM5/>
PIAGET, Jean. Seis estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária Ltda, 1990, p.12.
PRÄSS, Alberto Ricardo. Teorias de Aprendizagem. 2012.05. 57 f. Monografia de conclusão de pós-graduação - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2012.